Um testemunho de como é possível destruir esta terrível doença e ser FELIZ!

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Sábado, 5 de Julho de 2008

Sobretudo medo

Estou a passar a melhor fase da minha vida, não me falta rigorosamente nada. Os meus pais estão bem, juntos, vou entrar no curso que mais quero, estou rodeada de Amigos que me adoram, encontrei um rapaz que me quer e faz tão bem e quase que nem sinto a doença (quase que só há hora das refeições) e por mais estranho que pareça não me sinto feliz. Há qualquer coisa que prende e impede. Um medo que paralisa.

Encontrei alguém que gosta de mim, estou a passar momentos únicos com essa pessoa e não consigo sentir-me feliz! Isto dá-me tanta raiva. Porquê tanto medo? Por que não acredito nas coisas boas que me segreda? Por que me sinto à beira das lágrima quando me aperta e protege com aqueles braços fortes? Por que não consigo gostar dele da mesma maneira e que ele merece? Por que não acredito numa única palavra de ternura? Porquê tanto medo, tantos pensamentos melindrosos que me gastam? Quero tanto sentir-me preenchida e livre… Isto desgasta-me, sinto-me muito abatida. Preciso de passar uma noite tranquila, mas nem isso consigo, há tempo de mais. Estou esgotada. Ele não merece. Nem eu, pois...

 

 

Parabéns pelo 21º dia controlada

 

Ele nem me conhece... como pode dizer que gosta de mim? Ai as dúvidas... também elas me desgastam.

Pára por favor!

Domingo, 9 de Setembro de 2007

Pensamentos contraditórios

Antes de ontem fui às compras ao supermercado. A minha mãe tem tanta, tanta paciência... Até onde vai o amor de mãe? A minha já ultrapassou, e muito, as minhas expectativas! Sou tão indecisa e complicadinha... Qualquer alimento que precise tenho de comparar as calorias de todas as marcas para poder escolher a menos calórica, mas não é só isso. Por exemplo, em relação aos iogurtes comparo as calorias e escolho o que tem menos depois penso "é o menos calórico, mas sabe tão mal! É preferível comprar um que saiba melhor", a seguir vejo um com mais 7 ou 8 kcal e penso "o sabor não deve fazer diferença e se tem mais calorias prefiro o outro", depois penso "mas eu não preciso de comer iogurtes! Se quiser acompanhar com alguma coisa ao lanche ou ao pequeno almoço prefiro beber água, chá ou chávenas de descafeinado ou café solúvel que não tem calorias e fico muito mais cheia!", e remato  "mas também preciso de cálcio, se tenho osteopatia e não bebo leite..." e penso "só se comer quando me descontrolar" e respondo "mas é difícil deitar fora o iogurte porque é espesso. Que se lixe esforço-me mais um bocadinho", depois pego no iogurte que tinha escolhido no início e digo para mim  "se é para me descontrolar posso comer um mais saboroso e com mais calorias que não faz mal" e começo logo a pensar "e se me apetecer comer um e não for deitar fora? Tem de ser um muito magro..." e isto desenrola-se e passo o tempo a olhar para a porcaria dos iogurtes e sou capaz  de pôr um no carrinho e a seguir ir trocar por outro, por esta ou aquela razão, ou quando estou na fila para pagar ainda vou mudar. Mas isto passa-se com toda a comida! Os meus pais já chegaram a deixar-me no Modelo para perder o tempo que quisesse e depois telefonar-lhes para me irem buscar. Quando tempo mais vão eles aguentar esta loucura?
 
Passa-se uma algazarra na minha cabeça, um motim de contrariedades. Um estouro de pensamentos loucos e insensatos que me perturbam e me deixam desatinada. Nada e tudo me impede de mudar, mas agarro-me a ela porque me sinto ainda demasiado fraca para enfrentar sozinha a realidade.
 

“Os sulcos e as saliências que muitas delas, já em estado grave, deixam registrados nos seus corpos são por elas acalentados e, paradoxalmente, transformam-se nas suas únicas finalidades de viver.”

 Isto é tão ilógico que quanto mais procurarmos pela lógica desde paradoxo mais ilógico se torna!

 
Será que alguém aqui me consegue compreender? Preciso de me sentir perto de pessoas que passam aquilo que estou a passar, que pensam o mesmo que eu, que se comportam como eu… eu sei que vocês entendem o que digo...

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Tive uma anorexia nervosa com crises bulímicas tratada e cuidada no HUC, onde ainda estou a ser acompanhada. Consegui atingir todos os meus objectivos, sou feliz e deixo aqui o meu testemunho em como é POSSÍVEL acabar com todo o sofrimento e dor que esta doença me trouxe.

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