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Os dias têm sido muito bons, saio todos os dias e quase não durmo com tanta coisa para fazer. Tenho ido à piscina (privada), conhecido novas pessoas, saído muito, continuo com aulas de condução, continuo a ir todas as semanas a Coimbra às consultas, tenho a leitura em dia e quase que só sinto a doença às refeições. O mais difícil é a altura do mês que estou com menstruação e sinto mais apetite e ando mais inchada. O inchaço continua e parece que engordei mas a médica garante que nada do que eu apalpo é gordura, são tecidos e inchaço.
Já me esquecia, já fez um mês que não deito fora! Parabéns a mim.
Estou a passar a melhor fase da minha vida, não me falta rigorosamente nada. Os meus pais estão bem, juntos, vou entrar no curso que mais quero, estou rodeada de Amigos que me adoram, encontrei um rapaz que me quer e faz tão bem e quase que nem sinto a doença (quase que só há hora das refeições) e por mais estranho que pareça não me sinto feliz. Há qualquer coisa que prende e impede. Um medo que paralisa.
Parabéns pelo 21º dia controlada
Ele nem me conhece... como pode dizer que gosta de mim? Ai as dúvidas... também elas me desgastam.
Pára por favor!
Acabou o descontrolo. Nunca mais me vou autorizar a tal coisa. Se engordar que seja, pelo menos vai através de uma alimentação saudável.
Eu sou capaz de viver sem esta doença. Vou enfrentá-la o tempo necessário até não restar nada. Vou ser dura e implacável. Sou eu que digo as regras. Dia 13 de Junho (sexta-feira 13) é já um marco na minha vida porque foi a último dia que me rendi e entreguei. Não tenho desculpas para voltar a fazer. Neste momento já consigo comer o suficiente para não ficar com fome. Já não vou para a cama com a barriga vazia por mais que me custe. O sono é um bem precioso e se já durmo mal por me sentir tão atormentada o que seria de mim se continuasse a passar as noites acordas por ser teimosa. Até agora serviu de desculpa o facto de ter passado fome nos últimos anos e ainda estar longe do peso ideal (tal como a médica disse são factores que nos levam a ter uma maior atracção pela comida). Mas cabe a mim controlar isso.
Cada dia que passar vai ser uma vitória e vou-me orgulhar por isso. Chega de dar ouvidos à doença e punir-me por não lhe obedecer.
Tenho noção que vai ser dos meus maiores desafios mas também sei que se isto não acabar não vou vencer e basta de adiar. Algum dia tinha de ser e está decidido.
Parabéns a mim por ter passado o fim de semana na quinta a ajudar os meus pais e não querer vir para casa.
Parabéns a mim por não me sentir revoltada ao ver a minha mãe regalada a comer um gelado. Uma das perguntas que fazia a mim própria era “porque é que ela pode e eu não?”. Fiquei muito satisfeita com o meu suminho de laranja natural fresquinho.
Parabéns a mim por ter saído já tarde de casa para estar com a minha querida C. Mais do que fazer um favor a mim própria acho que fiz a ela.
Parabéns a mim por ter voltado para a cama e não lhe ter dado ouvidos. Sinto que sou preguiçosa e fraca por me render ao prazer de estar enrolada nos lençóis.
Levo uma Margarida no coração.
Vou em paz!
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