Um testemunho de como é possível destruir esta terrível doença e ser FELIZ!

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Sábado, 31 de Maio de 2008

Férias

Tenho boas noticias mas não me preenchem. Estou de férias (mas não me sinto), acabei o ano com todas as disciplinas feitas com as melhores notas da turma. Só me resta pedir transferência de curso. O primeiro critério é ter o maior número de disciplinas feitas e o segundo (se houve empate) conta a melhor média. O ano passado havia 2 vagas, entraram com 12 e 13 cadeiras feitas. Eu vou concorrer com 14 por isso tenho esperança. O problema é se os critérios mudam este ano, como estão sempre a mudar… Segunda-feira vou à secretaria, ainda não tive coragem de ir mais cedo. Venho de lá sempre desconcertada, tenho tanto medo de não conseguir! A minha vida depende disso. Não posso continuar pelo terceiro ano consecutivo neste curso.

Outra boa notícia é que vou começar a tirar a carta de condução para a semana. É outro objectivo acompanhado de uma grande insegurança.
A alimentação até à última frequência foi caótica. Foi tornando-se cada vez pior. Entregava-me a ela pensando que era só mais uma vez, mas apercebi-me que estava a entrar outra vez num túnel sem saída. Tenho de voltar a trás enquanto posso. Não quero isto. Tenho medo que não consiga porque vou estar muito tempo de férias só com a carta para tirar. Vai ser uma luta constante e não me sinto com forças para lutar. Os meus pais começam a exigir de mais, não ajudam em nada! Tem sido uma guerra pegada. Estou absolutamente desmoralizada.
 
Sinto-me envergonhada com a minha escrita, mas tenho necessidade de deixar registado.
Sexta-feira, 23 de Maio de 2008

Aqui... Jamais fingirei

Não preciso de fingir com sorrisos falsos. Sinto-me arrasada, sem expectativas, derrotada. 

Tropecei no atacador que não quis apertar para chegar mais depressa a casa  para agora poder dizer "Não tenho culpa de o sapato se ter desapertado!"

 

<<Mãezinha>>

 

Sexta-feira, 16 de Maio de 2008

O início do fim

Já passou.

Hoje fiz frequência e correu super bem. Estava a ser tão difícil conseguir estudar mas fui mais forte e venci. Já só faltam duas, as aulas estão quase a acabar e em princípio não vou deixar nenhuma cadeira para exame. Estou a terminar uma etapa.

Nas férias vou tirar a carta e vou concretizar um sonho. Se conseguir entrar em enfermagem concretizar-se-á o sonho de uma Vida! Fico tão emocionada só de pensar!! Mas não quero criar espectativas... Eu morro se não conseguir mas isso logo se vê, não quero pensar. Interessa-me conseguir, para já, acabar o ano com as melhores notas. O resto vem a seu tempo. Assim espero.

 

Quinta-feira, 15 de Maio de 2008

Eu mando

Cala-me!

Não vais conseguir. Podes-me cortar as pernas que vou a rastejar. Estou toda esmurrada e a sangrar mas hei-de enfrentar-te com o que puder. Não me vais impedir. Vou-te enfraquecer até não restar nada teu.

 

Hoje é um novo dia.

 

 

Quarta-feira, 14 de Maio de 2008

Por favor

Dá-me um tempo preciso só de um tempinho. Até lá finge que não existes. Suplico-te! Agora não. Preciso tanto...

 

Sinto-me: desesperada
Segunda-feira, 12 de Maio de 2008

Ao acaso

 

Fui fui encontrar na gaveta no papel de recados frases, citações e pensamentos escritos há um ano para cá. E também em documentos no computador.

 

Kcal= peso em Kg x distância percorrida em Km x 0,7

 

4,75 L + 1,48 L = 6,23 L

14 de Setembro

 Leite: mimosa especial cálcio (26kcal)

 

… é fumo leve que foge entre os meus dedos.

 

"O sofrimento era o seu passaporte para a liberdade"

 

Há silêncios ensurdecedores
 
Sou prisioneiro de mim próprio, o meu pior inimigo
 
Embrulhada em pensamentos insuportáveis/ perigosos/.
Pensamentos traidores.
Fruto da inconsciência e da ignorância.
Levam-me aonde não quero ir.
Fazem de mim aquilo que não quero ser.
Trazem-me insegurança e poder.
Dão-me lassidão e consolação.
Dá-me prazer o amargo. 
O prazer do amargo/veneno
 
Trago em mim o desespero de atingir o cruel objectivo
 
Incrédula
 
Estes que me levaram até uma estrada sem iluminação, sem tráfego, sem atalhos,
 
Percorro a escuridão do dia.
Procuro prazer na dor.
Pretendo aquilo que não quero.
Prometo afastar-me,
Proíbo-me de o fazer.
Pondero e castigo-me.
 
Sou o silêncio da dor
 
Abracei o inimigo e agora n me larga
 
Detém-se sobre mim a dor, o pesadelo o desassossego
 
Irei alguma vez estar disponível para
 
Como será o desfecho? Como vou aguentar até lá?
Solução
 
Anseio pelo dia em que isto acabe!
 
Incrédula ao meu destino
 
Porque sou tão fraca? Porque não consigo deixar novamente de comer? Porque é que engordei??? PORQUÊ? Nada de bom aconteceu depois disso… Porque é que fui na conversa dos médicos? Por acaso sinto-me melhor? Não quero viver gorda! Se não consigo emagrecer não quero viver!!
 

"Logo havia de sair a mim esta merda na rifa" Pai

 

Ñ consegui estudar

Parecia q estava a enfrentar o meu > medo

Ñ conseguia olhar para os livros, fazia td para fugir aos estudos

pesadelos

aversão

 

Estou-me a tornar numa pessoa fútil por ñ querer abdicar da minha imagem?

 

Sou muito infantil?

Não aparento uma mentalidade de uma rapariga de 18 anos?

 

Eu não me esforço o suficiente para tirar boas notas. Acho que sou preguiçosa.

 

Eu estou doente?

O que é que faz de mim diferente das outras pessoas da minha idade?

 

Eu devia obrigar-me a estudar.

 

agarro-me àquilo q ñ devo

Leptina!

(diminui a ingestão de alimentos e aumenta o gasto de energia)

 

Os sulcos e as saliências que muitas delas, já em estado grave, deixam registrados nos seus corpos são por elas acalentados e, paradoxalmente, transformam-se nas suas únicas finalidades de viver.
 
tu lá sabes o k sao problemas d vdd "Aninhas" és mas é parva tu tens tudo
 
s tanta gente k tá á beira da desgraça consegue pk tu nao has-d conseguir com gente a apoiar-t e tu podes andar nos melhores medicos do país
 
et basta s queres mudarrrrrrr
 
pk andares nisso há este tempo todo e nao kereres ser curada és parva
 
Então encosto-me a ela porque me sinto ainda demasiado fraca para enfrentar sozinha a realidade.
 
numa tentativa de alcançar o corpo que supostamente lhes abrirá a porta da aceitação e do sucesso.
 
Quero sentir-me descomplexada, livre, prática, segura, talvez.

 

Horas mortas... turvas... tortas agora e toda a hora...
 
Tudo torto... mas tudo... tudo torcido e contorcido turvo e torto...
 

Ñ deves nd à vida e, no entanto, ela deve-te quase td.

 

Dia Junho Julho Agosto Setembro Outubro
1 48,5   49,1 48,8 46,6
6 48,2   48,4 47,9 46,5
10 48,4   49,4 48,1  
14 49,1 48,7 49,2 47,6  
17   48,6 49,3 47,8  
           
           
24 48,1 48,7 49,1 47,5  
           
30   49,1 48,5 47  

 

 

1º Semestre       2º Semestre

BC: 12?              MTR: 12                   F: 11              B:

B: 10                  HE: 14                                           B

PS: 13                                                                     F: 16

IP: 12                                                                      A:

 

carne torriscada

 

"A vida por um fio" de Isabel do Carmo

 

"Convencera a alma a ñ protestar pelo que fazia ao seu corpo"

 

Há alguém dentro de mim a quem eu combato para me levantar.

 

"O acaso vai-me proteger enquanto eu andar distraído"

 

Há 3 tipos de médicos os:

  • principiantes - só vêm as doenças
  • mestres - q vêm as doenças e os doentes como 1 ser humano
  • mágicos - são aqueles q fazem magia e ng sabe como  

Ele está a ver a mnh alma, os meus medos, a mnh fragilidd, a mnh incap. de lutar contra 1 mundo q eu fingo dominar, mas no qual ñ sei nd.

  

O silêncio prudente, o silêncio sacrificado, o meu grito calado...
 
Silêncio é a resposta a quem suplica ensurdecido pelo pulsar aflito do coração.

 

Sinto-me: cansada...
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Aprender

 “Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começas a aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.           

E aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio do vão. Depois de algum tempo aprendes que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprendes que não importa o quanto te importes, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceitas que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai magoar-te e tu tens de perdoá-la por isso.
Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que tu podes fazer coisas em um instante, das quais te arrependerás pelo resto da tua vida. Aprendes que as verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que tens na vida, mas o que és na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprendes que não temos de mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, percebes que o teu amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida são tomadas de ti muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vemos. Aprendes que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós próprios. Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que tu mesmo podes ser. Descobres que levas muito tempo a tornares-te na pessoa que queres e que o tempo é curto. Aprendes que não importa onde já chegas-te, mas onde vais, mas se tu controlas os teus actos ou eles te controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprendes que heróis são aqueles que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita prática. Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te calque quando cais é uma das poucas que te ajudam a levantar. Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste e o que aprendeste com elas do que com quantos aniversários celebraste. Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que supunhas. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são tolices, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva, tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de seres cruel.

Descobres que só porque alguém não te ama da maneira que queres que te ame, não significa que esse alguém não te ame, pois existem pessoas que nos amam, mas não sabem como demonstrar isso. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tens de aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, serás em algum momento condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que o consertes. Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperar que alguém te traga flores.

E aprendes que realmente podes suportar... que realmente és forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensares que não podes mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor diante da vida! As nossas dúvidas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.”

 

William Shakespeare (?)

 

 

Quinta-feira, 8 de Maio de 2008

Caminhar

Caminho ao sabor do vento

E comigo caminham os meus irmãos

Quem sem nada pedir, em voo lento

Vão acompanhando os meus passos vãos.

Sou como a brisa da tarde

Um prenúncio da noite que aí vem

E se no meu peito ainda uma chama arde

De tão pequenina ser, apenas uma esperança tem.

Sou parte deste horizonte que se esbate

Na lonjura das terras ainda por desbravar

Mesmo que há muito os sinos toquem a rebate

Continuarei a cumprir o meu destino: caminhar.

 

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Tive uma anorexia nervosa com crises bulímicas tratada e cuidada no HUC, onde ainda estou a ser acompanhada. Consegui atingir todos os meus objectivos, sou feliz e deixo aqui o meu testemunho em como é POSSÍVEL acabar com todo o sofrimento e dor que esta doença me trouxe.

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