Um testemunho de como é possível destruir esta terrível doença e ser FELIZ!

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Segunda-feira, 16 de Junho de 2008

É agora ou nunca

Acabou o descontrolo. Nunca mais me vou autorizar a tal coisa. Se engordar que seja, pelo menos vai através de uma alimentação saudável.

Eu sou capaz de viver sem esta doença. Vou enfrentá-la o tempo necessário até não restar nada. Vou ser dura e implacável. Sou eu que digo as regras. Dia 13 de Junho (sexta-feira 13) é já um marco na minha vida porque foi a último dia que me rendi e entreguei. Não tenho desculpas para voltar a fazer. Neste momento já consigo comer o suficiente para não ficar com fome. Já não vou para a cama com a barriga vazia por mais que me custe. O sono é um bem precioso e se já durmo mal por me sentir tão atormentada o que seria de mim se continuasse a passar as noites acordas por ser teimosa. Até agora serviu de desculpa o facto de ter passado fome nos últimos anos e ainda estar longe do peso ideal (tal como a médica disse são factores que nos levam a ter uma maior atracção pela comida). Mas cabe a mim controlar isso.

Cada dia que passar vai ser uma vitória e vou-me orgulhar por isso. Chega de dar ouvidos à doença e punir-me por não lhe obedecer.

Tenho noção que vai ser dos meus maiores desafios mas também sei que se isto não acabar não vou vencer e basta de adiar. Algum dia tinha de ser e está decidido.

 

Parabéns a mim por ter passado o fim de semana na quinta a ajudar os meus pais e não querer vir para casa.

Parabéns a mim por não me sentir revoltada ao ver a minha mãe regalada a comer um gelado. Uma das perguntas que fazia a mim própria era “porque é que ela pode e eu não?”. Fiquei muito satisfeita com o meu suminho de laranja natural fresquinho.

Parabéns a mim por ter saído já tarde de casa para estar com a minha querida C. Mais do que fazer um favor a mim própria acho que fiz a ela.

Parabéns a mim por ter voltado para a cama e não lhe ter dado ouvidos. Sinto que sou preguiçosa e fraca por me render ao prazer de estar enrolada nos lençóis.

 

Levo uma Margarida no coração.

 

Vou em paz!

Sinto-me: confiante
Publicado por Aninhas às 00:27
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7 comentários:
De cris a 16 de Junho de 2008 às 09:13
Aninhas, tens toda a razão. Não se pode adiar indefinidamente o inicio da cura. Cada dia que cedemos é mais um dia em que nos mantemos "viciadas" na doença. Quanto mais depressa se "quebrar" esse hábito, mais depressa o nosso organismo vai começar a reagir. Mas tens que estar alerta que te vai custar muito evitar as compulsões, de inicio. A melhor forma de conseguir é tentar seguir o plano da nutricionista. E depois, mesmo quando comeres demais numa refeição, não tentar compensar na outra.

Em relação à sensação que tens de sentir a barriga maior e não gostares das transformações pelas quais o teu corpo passa, eu compreendo-te perfeitamente. Não é fácil perder o controlo do nosso corpo. Mas temos que aceitá-lo. Primeiro porque com estas doenças nunca conseguimos ter um corpo bonito. Ou estamos magras demais, ou inchadas, devido às compulsões. Aceita que a "mãe natureza" nos consegue dar um corpo melhor do que aquele que nós queremos "moldar". E durante o processo de cura temos que "desligar" do corpo. Tenta esquecer essa parte. Pensa que se no final de tudo isto ele não estiver como tu gostas (numa altura em que estejas curada e consigas ver as coisas com mais clareza) há a possibilidade de o "mudar" de forma controlada e com ajuda de especialistas. Hoje em dia já há tantos métodos para conseguir estar mais bonita, sem recorrer à nossa doença...

Eu também não gosto da minha barriga. Sempre que estou mais nervosa é nela que penso: se vai aumentar, que gostaria que fosse lisinha...
Mas estou a aprender a aceitá-la. Primeiro porque com a doença ela ainda andava mais inchada do que agora. Além disso porque não é tentando controlar a alimentação que a consigo "reduzir". E o mais importante é nós termos uma vida para além do corpo.

Fico muito contente por essa tua determinação. Sempre que te sentires tentada em "cair" vem aqui desabafar, pedir ajuda. Isso muitas vezes é o suficiente para nos acalmar e evitar crises.

Um beijinho grande
De o_meu_outro_eu a 16 de Junho de 2008 às 10:25
Eu acredito que és capaz! :)

beijinho cheio de amizade
De Aninhas a 16 de Junho de 2008 às 13:18
Sim, tenho a perfeita noção que vai ser difícil lagar este "vício" (como tu dizes). Sei que posso contar com o vosso apoio e hei-de aqui vir berrar c a doença as vezes que forem precisas até me passar.
Nunca fui a uma nutricionista não tenho nenhum plano traçado. Sou eu que o faço aprendi a fazê-lo. Tenho escrito um diário alimentar e vou mostrá-lo á médica quarta-feira na próxima consulta. Ela diz-me o que está mal e vou emendando.

Obrigada pelo vosso apoio. Vou precisar mt dele.
Um grande beijinho e obrigada por acreditarem em mim.
De a 16 de Junho de 2008 às 13:29
Minha querida,
Sinto-me contigo neste amanhecer de força=)
É tão bom quando sentimos que a nossa parte lúcida, nós, estamos ainda vivas!
Vamos esganar esta doença...mas com cuidado: ela ainda é muito forte(calro que não tanto quanto nós), não a vamos substimar...tem de ser com calma mas com decisao. Vamos parar para respirar cada vez que não estivermos a suportar o corpo...porque é muito difícil (impossivel?) desligarmo-nos dele...temos é de emendar a equação cá de dentro e repetir muitas vezes que os nossos olhos estão estragados! Nós vemos gordo, grande, insuportável...mas essa é a percepção que a doença nos dá. e sabes o que temos de dizer, a gritar(mesmo que pareçamos loucas). É MENTIRA!!! Vamos odiar a doença com toda a força com que consiguimos odiar o nosso corpo...ele não merece, nós não merecemos tanto odio e tanta raiva virados contra nós proprias!
Vamos juntas!
beijinho enorme
De Aninhas a 16 de Junho de 2008 às 23:13
Sim vamos calá-la. Chega de fazer mal ao nosso corpo e à nossa mente. Já sofreram tempo suficiente. Agora que estamos lúcidas e fortes vamos enfraquecer a doença. Não a vamos subestimar mas sabemos q somos + espertas, temos poder e determinação para sermos vencedoras por isso vamos ser persistentes e não desistir. Vamos enfraquecê-la até ao fim.
Estou a aprender a aceitar o meu corpo e sinceramente até estou a gostar! =P A barriga assusta pq a vemos de cima. Qd vejo fotografias de bikini até acho que estou magra de mais. A perspectiva é que muda.
A minha médica contou-me uma história verídica explicativa do que nos acontece:
Um grupo de amigos foram fazer um safari a África. Andavam lá na selva e viram um leão a aproximar-se. Pegaram nas perna feitos loucos e subiram uma árvore que tem uns espinhos enormes e tiveram de lá ir tirá-los porque não conseguiam descer. O medo de serem apanhados pelo leão fê-los subir a árvore e nem reparam naqueles agulhões. Claro que quando passou o medo, quando já lá estavam em cima, é que viram e já não conseguiram descer.
É engraçado ver como isto funciona n é? O medo de estarmos gordas não nos deixa ver o nosso corpo tal como é. Por isso é que nos continuamos a ver gordas. Temos de acalmar os ânimos porque não temos nenhum leão a correr atrás de nós! Podemos perfeitamente ver os espinhos em vez de subir desenfreadamente a árvore. Sim?
Adoro esta história =)

Juntas sempre!*
De o_meu_outro_eu a 18 de Junho de 2008 às 08:46
Gostei da história. Realmente dá que pensar...
De nuno a 16 de Junho de 2008 às 19:28
olá! É bom ver-te mais optimista! Parabéns a ti Aninhas! Estou muito contente por ti, por estares quase quase recuperada. Boa sorte para a carta de condução! beijos, força!!! [][] ****

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Tive uma anorexia nervosa com crises bulímicas tratada e cuidada no HUC, onde ainda estou a ser acompanhada. Consegui atingir todos os meus objectivos, sou feliz e deixo aqui o meu testemunho em como é POSSÍVEL acabar com todo o sofrimento e dor que esta doença me trouxe.

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