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A verdade é que está tudo óptimo. Ás vezes penso que bem demais mas não quero pensar assim, como qualquer pessoa mereço a felicidade! Tento pensar num dia de cada vez e nada mais, o que vier virá. Tenho aprendido a viver com o que há de bom e de mau. E o máximo que consigo pensar é como vai ser a próxima semana, não faço planos para o futuro.
Ai estou tão cheia! É o que dá estar mais do que 3h sem comer. Depois ao jantar é mais difícil controlar. Senti-me seriamente tentada a deitar só um bocadinho para não me sentir assim. Mas não, sou mais forte! Agora sou capaz de beber só leitinho antes de ir para a cama. E pronto a vida continua!
Vivi tempo de mais em piloto em automático. Chegou a altura de aprender a guiar sozinha. Não é fácil e para que nos sintamos seguros precisamos de ligar o piloto mas só ás vezes para que não nos acomodar-mos de novo! De acordo?
Achei esta imagem fofa hihi Faz-me lembrar o meu T.
Caminho ao sabor do vento
E comigo caminham os meus irmãos
Quem sem nada pedir, em voo lento
Vão acompanhando os meus passos vãos.
Sou como a brisa da tarde
Um prenúncio da noite que aí vem
E se no meu peito ainda uma chama arde
De tão pequenina ser, apenas uma esperança tem.
Sou parte deste horizonte que se esbate
Na lonjura das terras ainda por desbravar
Mesmo que há muito os sinos toquem a rebate
Continuarei a cumprir o meu destino: caminhar.
Não é fácil não... Mas quem disse que era?!
Ontem à noite não conseguia dormir. Pensei que fosse dos cafés que bebi até às 13h. Mas a verdade é que tremia porque estava com fraqueza. Não queria acreditar. Recusava-me a ir comer. Tinha sido a festa de aninhos da minha afilhada linda. Comi 2 empadas quando cheguei, depois de cantar os parabéns comi o bolo de anos de chocolate (deliciosooo) e ainda repeti mas tive de ir deitar fora. Às 21h comi ainda caldo verde. Foi a carne das empadas, todo aquele açúcar e chocolate horroroso do bolo e a batata da sopa! O suficiente para não me autorizar a comer há 1h.
Enquanto tremia de fraqueza comecei a pensar que precisava de perder peso e que se quisesse conseguia voltar a fazer a minha dieta. Tive vontade de chorar não queria dar ouvidos àqueles pensamentos doentios e não me queria render à comida. Mas pensei: "Afinal o que é que quero? Aproveitar os meus quase 20 anos com tudo o que há de bom para se viver ou viver presa numa luta sem sentido que só me traz infelicidade?" A resposta veio naturalmente. Levantei-me, fui comer e adormeci.
Estaria a mentir se dissesse que não tive medo, que não me senti nervosa e que dormi como um anjinho. Mas só me interessa que quando caio levanto-me de cabeça erguida e não me massacro com sentimentos auto-destrutivos que não me deixam continuar a caminhada.
Mas nem tudo está bem... Hoje menti ao meu pai disse que ia beber café com as minhas Amigas e fui para casa descontrolar-me. Embora a vontade de estar com elas fosse grande a vontade de me descontrolar era maior. Sinto vergonha do que fiz. Menti e dei ouvidos à parte insana da minha cabeça.
Tenho andado bastante descontrolada e não tenho saído tanto como devia. Tenho medo de me estar a desviar do caminho, tenho medo de engordar, tenho medo de não passar a B. e a I., tenho medo de não aguentar muito tempo sem grandes resultados.
Não quero que estas inseguranças me detenham! Sei o que quero e tenho a certeza do que não quero. Não quero nunca mais voltar a sentir o que senti nas férias do Verão por isso não posso andar para trás.
As anorécticas e bulímicas tendem a ser perfeitas e estão sempre insatisfeitas consigo próprias. Há sempre qualquer coisa que têm medo que não esteja bem, que não agrade aos outros, que as faça errar. O facto de estas raparigas serem perfeccionistas não significa que façam tudo na perfeição. Mas significa que elas pretendem que tudo saia perfeito. E isto tem pelo menos duas consequências. Elas só se meterão a fazer algo de que estejam convictas de que fazem muito bem e deixarão de lado tudo o que poderá sair pior ou em relação ao que se julgam desajeitadas. Elas são as campeãs do branco ou preto, do é ou do não é. Não admitem que as coisas podem ser feitas sem ser a 100 por cento. Na maior parte das vezes, fazem o que se propõem. Mas julgam-se elas superiores, melhores que os outros? Não. Porque elas têm a auto-estima de rastos, elas sentem qualquer crítica como uma destruição. E estão tão preocupadas com o que os outros pensam a respeito delas que estão sempre a tentar ler o pensamento dos outros, para perceberem que juízos estão a fazer a seu respeito.
in Isabel do Carmo, Magros, Gordinhos e Assim-assim
O segundo semestre vai começar.
Tenho medo...
Vou ter frequência terça-feira.
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