Um testemunho de como é possível destruir esta terrível doença e ser FELIZ!

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Quarta-feira, 4 de Junho de 2008

Conclusão da consulta

Esta consulta soube que nem ginja! Fez 2 meses que lá não ia. Nunca fiquei tanto tempo sem lá ir desde que estou decidida a andar para a frente.

Ver se consigo transmitir o que me foi dito. Acho muito importante.
 
A minha médica deu-me este exemplo:
Um miúdo foi velar com o pai pela primeira vez e ficou muito assustado porque o barco parecia que ia virar. Ele chorava muito e o pai disse-lhe:
 
- Olha lá, mas tu és parvo? Tu não vês que é mesmo assim? Não sejas mariquinhas e comporta-te!
 
O que é que vai acontecer a esta criança?
Sempre que voltar a sentir este medo vai recusá-lo e mostrar-se inseguro e punir-se pelos seus sentimentos. Vai crescer com insegurança, intolerância e vergonha. Não vai aprender a ter compaixão com ele mesmo porque aprendeu que está errado ter medo.
 
O que devia ter acontecido:
O pai devia baixar-se olhá-lo nos olhos e dizer-lhe:
 
-Não precisas de ter medo, o barco não vai virar, é mesmo assim.
 
Deste modo, a criança não ia sentir vergonha dele próprio e iria receber atenção e compreensão da parte do pai e tornar-se uma pessoa segura.
 
Conclusão da conversa:
Se não tivemos uns pais, ou por alguma razão não conseguimos desenvolver a parte do nosso cérebro que nos permite ser confiantes e capazes de enfrentar os obstáculos temos de aprender isso agora.
 
De que maneira? 
 Temos de ser para nós como seriamos para um filho nosso.
  • Compreensivos;
  • Calorosos (aprendermos a ter compaixão connosco);
  • Firmes;
  • Espertos (pensarmos primeiro em toda a situação e perceber porque errámos);
  • Transmitir segurança;
  • Saber ouvir.

Isto permite despertar o stress positivo necessário para nos deixar em alerta e enfrentar os problemas sem medo e com segurança nas nossas capacidades.

Se conseguir fazer isto vai ser meio caminho para me aceitar e começar a dar valor aos pequenos grandes passos que tenho conseguido. É essencial. =)

 

A médica deu-me exemplos de pais de doentes que não deviam sequer ter direito a tal nome e depois vêm os filhos parar àquelas consultas! São pessoas tão inteligentes, com tantos princípios, totalmente dedicadas aos outros e ainda são tratadas como maluquinhas ou coitadinhas por andarem num psiquiatra e psicólogo. Doidos são os pais, muitos deles têm problemas muito mais graves do que os filhos.
Falou-me de pais que puseram os filhos fora de casa, que lhes batem é incrível! Numa altura em que os filhos precisam tanto dos pais é quando lhes dão com os pés. A médica também disse que não vale a pena estar com pessoas que só nos fazem mal e não nos querem. É triste mas é mesmo assim. Muitos deles são os culpados dos filhos estarem doentes e só sabem pioram o estado deles. Mas graças a Deus que nem todos são assim como é o meu caso. Sempre me apoiaram e adoram-me, são tudo na minha vida. Sei a sorte que tenho e dou muito valor a isso! Sempre pude contar com eles, mesmo depois de tudo o que lhes fiz. Sinto-me uma preveligiada. Pena não ser assim com toda a gente.
Domingo, 1 de Junho de 2008

Com certezas

Vivi tempo de mais em piloto em automático. Chegou a altura de aprender a guiar sozinha. Não é fácil e para que nos sintamos seguros precisamos de ligar o piloto mas só ás vezes para que não nos acomodar-mos de novo! De acordo?

Quero chegar às nuvens, contemplar o panorama e voar com os pássaros. Talvez não goste do quadro todo, mas há com toda a certeza aspectos que vou tirar proveito.
 
Não me sinto satisfeita comigo mas importa continuar a caminhar.
Preciso mesmo de ir à médica. Já não vou há mais de um mês… Sinto mesmo diferença. Quarta-feira vou tirar todas as dúvidas e este peso que me atormenta.

 

 

 

Achei esta imagem fofa hihi Faz-me lembrar o meu T.

Segunda-feira, 12 de Maio de 2008

Aprender

 “Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começas a aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.           

E aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio do vão. Depois de algum tempo aprendes que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprendes que não importa o quanto te importes, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceitas que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai magoar-te e tu tens de perdoá-la por isso.
Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que tu podes fazer coisas em um instante, das quais te arrependerás pelo resto da tua vida. Aprendes que as verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que tens na vida, mas o que és na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprendes que não temos de mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, percebes que o teu amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida são tomadas de ti muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vemos. Aprendes que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós próprios. Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que tu mesmo podes ser. Descobres que levas muito tempo a tornares-te na pessoa que queres e que o tempo é curto. Aprendes que não importa onde já chegas-te, mas onde vais, mas se tu controlas os teus actos ou eles te controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprendes que heróis são aqueles que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita prática. Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te calque quando cais é uma das poucas que te ajudam a levantar. Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste e o que aprendeste com elas do que com quantos aniversários celebraste. Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que supunhas. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são tolices, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva, tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de seres cruel.

Descobres que só porque alguém não te ama da maneira que queres que te ame, não significa que esse alguém não te ame, pois existem pessoas que nos amam, mas não sabem como demonstrar isso. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tens de aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, serás em algum momento condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que o consertes. Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperar que alguém te traga flores.

E aprendes que realmente podes suportar... que realmente és forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensares que não podes mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor diante da vida! As nossas dúvidas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.”

 

William Shakespeare (?)

 

 

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Tive uma anorexia nervosa com crises bulímicas tratada e cuidada no HUC, onde ainda estou a ser acompanhada. Consegui atingir todos os meus objectivos, sou feliz e deixo aqui o meu testemunho em como é POSSÍVEL acabar com todo o sofrimento e dor que esta doença me trouxe.

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