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Segunda-feira, 12 de Maio de 2008

Aprender

 “Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começas a aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.           

E aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio do vão. Depois de algum tempo aprendes que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprendes que não importa o quanto te importes, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceitas que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai magoar-te e tu tens de perdoá-la por isso.
Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que tu podes fazer coisas em um instante, das quais te arrependerás pelo resto da tua vida. Aprendes que as verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que tens na vida, mas o que és na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprendes que não temos de mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, percebes que o teu amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida são tomadas de ti muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vemos. Aprendes que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós próprios. Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que tu mesmo podes ser. Descobres que levas muito tempo a tornares-te na pessoa que queres e que o tempo é curto. Aprendes que não importa onde já chegas-te, mas onde vais, mas se tu controlas os teus actos ou eles te controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprendes que heróis são aqueles que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita prática. Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te calque quando cais é uma das poucas que te ajudam a levantar. Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste e o que aprendeste com elas do que com quantos aniversários celebraste. Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que supunhas. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são tolices, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva, tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de seres cruel.

Descobres que só porque alguém não te ama da maneira que queres que te ame, não significa que esse alguém não te ame, pois existem pessoas que nos amam, mas não sabem como demonstrar isso. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tens de aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, serás em algum momento condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que o consertes. Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperar que alguém te traga flores.

E aprendes que realmente podes suportar... que realmente és forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensares que não podes mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor diante da vida! As nossas dúvidas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.”

 

William Shakespeare (?)

 

 

Publicado por Aninhas às 17:51
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9 comentários:
De teqas a 12 de Maio de 2008 às 19:42
Querida Aninhas,
Esse texto foi muito importante na minha vida, nem imaginas... Deram-mo quando tive a minha primeira grande queda na doença que todos julgavam ser uma depressão profunda... Lembro-me de sorrir, de ter 12 anos e de pensar "é isto!"
Como está esse coração?calmo e firme? espero que sim...
Se puderes e quiseres ver ao meu blog: www.reencartarte.blogspot.com

é um espaço onde espreguiço a alma, sem falar da doença porque tenho amigos que o visitam e com os quais nunca falei(nem pretendo o fazer)com o nome da doença.

um beijinhos enorme!
De Let Me Tell You My Secret a 12 de Maio de 2008 às 20:56
Este Shakespear...
palavras pra quê? é um espetáculo...e dá que pensar =)
De Dulce a 13 de Maio de 2008 às 06:18
Vais conseguir, tens tudo dentro de ti para conseguires! =)

Ao contrário do que se pensa, este texto não é da autoria de Shakespeare, mas sim de uma autora norte americana que escreve livros de auto-ajuda. Quem conhece Shakespeare, nota que não é de todo o seu tipo de texto. Ainda assim, muito bonito =)

Beijinhos e mta força
De Aninhas a 13 de Maio de 2008 às 15:14
Também desconfei que fosse da sua autoria.

Muito obrigada! Beijinho
De cris a 13 de Maio de 2008 às 08:38
Obrigada por este texto Aninhas. Também já tinha lido, mas talvez por estar no teu blog e por relacionar tanto com a nossa situação, hoje tocou-me de forma diferente. E cada linha deve ser lida e relida, porque a verdade está lá. E não adianta querermos aceitar a nossa doença como um modo de vida, porque nãoe é. E não adianta desesperarmos e querermos que alguém nos venha salvar, porque não vem. Somos nós que conseguimos. E conseguimos mesmo.

Ontem li uma história (já não sei onde) em que duas crianças brincavam no gelo. A dada abriu-se um buraco e uma das crianças caiu. A outra, desesperada, para salvar o amigo, começou a bater no gelo, com uma pequenina pedra, até conseguir abrir um buraco maior, para puxar o amigo. Quando dois adultos conseguiram chegar ao local, e viram o que tinha acontecido, um deles disse: "mas como é que uma criança conseguiu abrir um buraco no gêlo com uma pequena pedra? ". Ao que o outro respondeu:" Conseguiu porque não estava aqui ninguém para lhe dizer que era impossível".

E a verdade é esta. Nós simplesmente conseguimos. Não podemos é deixar para amanhã.

Um beijinho grande
De Aninhas a 13 de Maio de 2008 às 15:12
Pois este texto para pessoas com o nosso problema toca de maneira diferente. Tb já o tinha lido há alguns anos e não me disse grande coisa.

A história que contas foi a AB que deixou no meu blog no post anterior =) é mt representativo daquilo que conseguimos fazer mas nem sabemos como.

Espero que esteja tudo bem. E que tenhas caminho. Tens tido consultas?

Beijinho grande*
De cris a 13 de Maio de 2008 às 15:54
Desculpa a repetição da história. Não me lembrava onde a tinha lido, nem em que contexto, mas como a achei tão certa...

Quanto a consultas, continuo sem ter acompanhamento (há cerca de um ano, já). Não o faço por achar que consigo sózinha, mas neste momento era mais complicado para mim estar a ter esses encargos (porque mesmo que fosse ao hsm, teria que pagar viagens) do que deixar as coisas assim, mais calmas. Mas, apesar de não vomitar há cerca de um mes e meio e de andar a comportar-me bem, em relação às refeições, sei que esta doença não se cura assim e não a posso desvalorizar. Neste momento estou apenas a tentar progredir neste "caminho" sem ajuda, mas assim que a minha situação mudar (conseguir mais independencia monetária) volto às consultas com a minha antiga psicóloga.
Mas, felizmente estou a conseguir melhorar. Acho que ainda não veio ninguém dizer-me que é impossível... ;)
De Aninhas a 14 de Maio de 2008 às 00:25
Fico mt feliz por ti!! Mt mesmo. Espero que consigas voltar às consultas o mais rápido possível é realmente o mais imoprtante. Até lá desejo-te mta força e coragem. N desistas estás a conseguir e se conseguiste até agora e n sabes como é pq existem forças dentro de nós que mesmo n sabendo que elas existem elas estão lá e são utilizadas nestes momentos que implicam mais coragem.

Estou contigo! Fico mesmo mt feliz. E n te deixes ir a baixo por uma compulsão, se acontecer aconteceu isso n significa rigorosamente nada. O que é importante é continuar e n baixar os braços independentemente das vezes que se caí. Lembra-te sempre disto. A tua psicóloga vai ser essencial para te ajudar nesses momentos de maior medo e torna-se menos dificil a caminhada. Eles ajudam-nos imenso.

Um beijinho mt grande e força. EU ACREDITO EM TI
De AB a 14 de Maio de 2008 às 18:11
Querida Cris e Aninhas, se quiserem mtas mais destas historias que nos tocam a alma e nos fazem ir em frente, vao ao forum do clix, nao ao da bulimia, mas ao do Sentir Amargo: clicam nos foruns do clix, forum Solidão, p.2 e o post chama-se "Nunca te Sintas Só III".. ele tinha mts mais posts, só que o clix, tal como apagou um dos nossos das DCA tb apagou alguns dele, o que foi uma enorme perda para todos nós dos foruns...
bjs às duas..
e a todos/as ...

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Tive uma anorexia nervosa com crises bulímicas tratada e cuidada no HUC, onde ainda estou a ser acompanhada. Consegui atingir todos os meus objectivos, sou feliz e deixo aqui o meu testemunho em como é POSSÍVEL acabar com todo o sofrimento e dor que esta doença me trouxe.

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