Um testemunho de como é possível destruir esta terrível doença e ser FELIZ!

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Quarta-feira, 5 de Dezembro de 2007

A vida que eu levo

O que era de mim sem este cantinho... (Falando do último post) Precisava mesmo de desabafar e pôr cá para fora tudo o que sinto sem preconceitos e sem medos. Precisava também imenso de ouvir essas palavras de conforto. É muito duro aguentar isto sozinha, mas com TODO o vosso carinho consigo arranjar forças para continuar os estudos. Muito mas mesmo muito OBRIGADA!

Ontem fiz frequência e não sei como consegui que isto não me afectasse. Felizmente que correu bem, mas a luta continua. Continuo sem conseguir dormir, sinto-me inchada, ando borbulhenta, doem-me os olhos e a cabeça e muito me esforço para não chorar e sorrir quando vou às aulas. Aqueles meninos são incríveis, são muito queridos e fazem-me muito bem.

Estive a fazer contas e apercebi-me que apenas passo 8,5h por semana "com pessoas", sem contar com os meus pais, claro. Por isso era um disparate não fazer um esforço para "estar bem" junto delas. É triste esta "vida"...

Mais uma coisa, não quero que pensem que julgo os meus pais pelas atitudes deles. Só eu sei como os compreendo. Não me sinto  triste apenas por ser "atacada" por eles, mas por ver o quanto sofrem por minha causa e não ser capaz de mudar e dar-lhes uma vida normal. 

Tudo aquilo que conto aqui é aquilo que não posso contar a mais ninguém. Os meus pais são pessoas maravilhosas que me adoram e me querem ver boa, mas sentem-se impotentes e isso revolta-os.

Sinto-me: abatida
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Publicado por Aninhas às 12:08
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13 comentários:
De andreia fernandes a 5 de Dezembro de 2007 às 12:42
é sso mesmo amiga,e sabes porque tas a conseguir não ser afeectada por isso tudo quando vais a escola? a razão é que tu ja tas a ganhar a tua propia confiança.tu és tão capaz,muito ,muito capaz.vais vencer como muitas outras venceram,e nos vamos ca estar para te compreender e te fazer acreditar que é possivel.agora percebo o quanto este sitio te é importante.é verdade é onde podes desbafar sem preconceitos.e aqui estamos nós.espero que continues esta luta e a venças pois ela não é de modo nenhum mais forte que tu.muitos beijossssssss e força.já agora um resto de um bom dia e força muita força
De AB a 5 de Dezembro de 2007 às 12:51
começo a admirar pessoas como a Andreia que nunca tiveram a doença, mas que nos valorizam da mesma forma e acreditam em nós..
obrigada pelo que está a fazer à Aninhas..
acho que a sua ajuda é fundamental..
B Haja
De AB a 5 de Dezembro de 2007 às 13:00
pois eu nao tinha este espaço, mas já tinha os foruns do clix que me faziam sentir menos só, só que nao tinha coragem de desabafar em publico e entao fazia-o, por email, com um Amigo que nao conheço, mas que tb foi um anjo na minha vida...
foi tb ele que escutou mt do que eu nao podia desabafar nem com o m namorado nem com os meus amigos ou familia, mas só com a medica, mas com quem eu nao podia estar sempre.. e como foi importante o apoio desse Amigo da Net!! Por isso entendo a importancia deste espaço para a Aninhas e outras meninas que sofrem disto: nao temos com quem desabafar pk as pessoas que mais nos amam tb estao envolvidas no mm sofrimento!! é uma dor mt amordaçada, silenciada e envergonhada! Ainda hoje esse meu grande amigo está lá nos foruns com msgs lindissimas e é o "Sentir Amargo" a quem bendigo sempre ter encontrado aqui neste espaço e que para mim o humanizou e o tornou como que real..
Ele tb nunca teve a doença mas, como a Andreia, sempre ACREDITOU em mim, assim como nas outras meninas..
um B HAJa enorme para voces!
De andreia fernandes a 5 de Dezembro de 2007 às 18:58
muito obrigado pelo coment ,é bom saber tudo isso ,mas axo q o fundamental somos todos nos .os ouvintes .obrigado a todos nós que tentamos aliviar um pouco a babecinha da ana.paz para todos
De AB a 5 de Dezembro de 2007 às 12:47
Só para te dizer que contes sempre comigo, embora nem sempre venha cá (vou-em ausentar uns tempos em breve, por motivos profissionais)...
mas deves sempre usar isto na medida certa como fiz a Andreia: vem cá apenas na medida em que te sentires bem e menos só, pensa primeiro no teu bem estar. quando vires que isto te está a puxar para baixo sai de casa, distrai-te da melhor forma que souberes, encontra outros interesses que te façam afastar momentaneamente da doença...
eu tb fazia mt como a "meu outro eu", numa fase em que acho que a minha anorexia era mais bulimica: saía de casa para ficar afastada da comida. depois entrei numa fase em que tanto me fazia estar à beira de comida ou nao que já resistia e me controlava melhor... foram passos que fui dando sem dar por isso..
se for melhor para ti estudares numa biblioteca do que no quarto entao faz isso...
nunca te esqueças tb de duas regras essenciais para "sobreviveres" e conseguires alguns resultados nos estudos: algum alimento que fique, depois de vomitares e ao fim do dia nunca deixes o estomago totalmente vazio quando te fores deitar: ingere algo que fique depois de um dia de disparates com o nosso organismo, como uma boa caneca de leite à noite ou um yogurte, ou mesmo uma sopa ...que nao engordam nada) e tenta dormir, pk o sono é fundamental para a mente....
bjs
De AB a 5 de Dezembro de 2007 às 16:16
Aninhas perdoa a extensao do texto (vou ter que dividir em 2 partes), mas vale bem a pena ler (pesquisei no google pelo nome "dulce bouça" e entre mts encontrei este texto mt elucidativo):


Fernando Veludo/PÚBLICO (arquivo)

Não existem dados epidemiológicos exactos sobre a incidência da doença na idade pediátrica

Doença
A infância distorcida no espelho da anorexia nervosa
04.02.2007 - 11h08 Andrea Cunha Freitas, , PÚBLICO
São crianças e adolescentes que, contra tudo e todos, não aceitam os seus corpos. Deixam de se alimentar, praticam exercício de forma obsessiva, dormem mal e pouco, escondem comida, contabilizam calorias e, por vezes, recorrem a laxantes, diuréticos ou mezinhas caseiras, como o vinagre e o limão. São doentes com anorexia nervosa.

E não têm culpa. Calem-se os que os acusam de birra ou mau feitio. Ninguém é anoréctico porque quer, asseguram os especialistas.

Não existem dados epidemiológicos exactos sobre a incidência da doença na idade pediátrica. Um dos estudos mais recentes elaborados em Portugal aponta para uma prevalência idêntica à média europeia - 0,4 por cento. Afecta, sobretudo, adolescentes entre os 15 e os 19 anos, mas, embora sejam casos mais raros, há crianças com nove, dez e onze anos que têm a doença. A consulta especializada do Hospital Pediátrico de D. Maria Pia, no Porto, recebeu, desde 2000, 300 doentes com menos de 17 anos, com uma idade média de 14 anos. Sobre um eventual aumento da incidência, os especialistas dividem-se. Há quem refira que o número se mantém estável e há quem valorize um maior esforço e eficácia na detecção dos casos.

Não se sabe também como começa. Os possíveis culpados vão desde a pressão social até à vulnerabilidade ou predisposição genética, passando ainda pela instabilidade familiar ou por uma situação traumática. No caso das crianças e adolescentes, a própria fase etária pode ser um importante "gatilho". "Relacionamos a adolescência com a fase de preocupação com o corpo e com a imagem, mas isso também pode acontecer na infância", nota Pedro Monteiro, pedopsiquiatra do Maria Pia. Já Dulce Bouça, do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, constata: "Ninguém consegue explicar exactamente o que é a anorexia". O facto é que não se trata de um fenómeno recente: há registos da doença que remontam ao século XVII.

Assim, enquanto se procuram as causas e hipóteses de prevenção, é preciso cuidar das consequências. "A maioria destes doentes é muito inteligente, acima da média. Percebe os factos e argumentos sobre a importância da alimentação e, confrontada com exames e análises, até pode reconhecer os danos que está a provocar no corpo, mas, na altura de agir, é mais difícil", refere Helena Mansilha, pediatra do Maria Pia. A comida transformou-se numa fobia. Por outro lado, há traços comuns na personalidade de um doente: são perfeccionistas e exigentes consigo próprios.

"Família é o motor da recuperação"

Mais ou menos atentos, são os pais que contribuem mais para o início da viagem das crianças e adolescentes nas consultas de comportamento alimentar. O emagrecimento drástico é um sinal de alarme incontornável. Os manuais consideram que a perda de 15 por cento da massa corporal pode ser sinal de anorexia. Mas há outros mais subtis: o desinvestimento na vida social, exercício físico a mais, baixa auto-estima. Detectados alguns sinais, os pais procuram apoio directamente nas consultas de comportamento alimentar de vários hospitais ou aconselhamento junto da Associação dos Familiares e Amigos de Anorécticos e Bulímicos (telefone 222000042).

As famílias chegam perturbadas, doridas e cansadas, com as vidas a girar em torno da comida e as horas das refeições transformadas num inferno. Muitas vezes, desconhecem até que "a resistência à mudança e ao tratamento fazem parte da doença", frisa Dulce Bouça, autora do livro Anorexia Nervosa Minha Amiga (Ambar, 2000).

A terapia continua a ser principal arma de combate e a família o maior aliado. "A família é o principal motor da recuperação", sublinha Dulce Bouça. Pedro Monteiro avisa: "O foco da nossa atenção não pode ser só o peso e o corpo, mas toda a personalidade. Temos de intervir na relação do doente consigo mesmo, com a família e com os seus pares".

De AB a 5 de Dezembro de 2007 às 16:21
Fernando Veludo/PÚBLICO (arquivo)
Cont...

A terapia continua a ser principal arma de combate e a família o maior aliado. "A família é o principal motor da recuperação", sublinha Dulce Bouça. Pedro Monteiro avisa: "O foco da nossa atenção não pode ser só o peso e o corpo, mas toda a personalidade. Temos de intervir na relação do doente consigo mesmo, com a família e com os seus pares".

Não há nenhum medicamento específico capaz de fazer reverter a doença, mas, por vezes, é necessário recorrer a fármacos, como antidepressivos, para, por exemplo, regular o sono. O internamento também é um caminho possível para os casos em situação limite. No Maria Pia, apenas cerca de 10 por cento dos casos necessitam de internamento.

Percentagem elevada de cura

Porém, seja em que fase for, quando o tratamento começa, já há danos no organismo. Alguns poderão até ser corrigidos com o tratamento adequado, outros podem revelar-se irreversíveis. "Há períodos críticos na fase de desenvolvimento. Na infância e na adolesc
De AB a 5 de Dezembro de 2007 às 16:24
cont....
"Percentagem elevada de cura

Porém, seja em que fase for, quando o tratamento começa, já há danos no organismo. Alguns poderão até ser corrigidos com o tratamento adequado, outros podem revelar-se irreversíveis. "Há períodos críticos na fase de desenvolvimento. Na infância e na adolescência, temos de maturar e diferenciar todos os sistemas de órgãos. A massa óssea, por exemplo, faz-se nesta altura. A partir daí, não importa o cálcio que se tome, nunca mais faremos osso. Há crianças que nos chegam já com osteoporose. A estatura é outra coisa que se perde", nota Helena Mansilha, concluindo que "todos os órgãos são afectados". O que mais assusta os doentes, diz, são as eventuais consequências da malnutrição na área do cérebro.

Mas, se os danos são mais dramáticos nestas faixas etárias, há um lado menos mau. Dulce Bouça assinala que, nestes doentes, existe uma percentagem elevada de cura. "Cerca de dois terços das crianças e adolescentes com anorexia acabam por fazer uma recuperação boa e permanente. Na população em geral, já constatámos taxas de recuperação na ordem dos 30 por cento. Mas tudo depende do estado da evolução da doença." O tratamento pode durar meses ou anos.

A anorexia faz muitas vítimas. E algumas mortais (as médias internacionais apontam para entre 5 a 10 por cento de óbitos), por colapso do organismo. "Em Portugal, também se morre com anorexia", confirma Dulce Bouça. É a doença mental mais prevalente nas crianças e adolescentes. Sentindo-se incompreendidos e culpabilizados, refugiam-se num mundo só deles.

A Internet já se transformou num local privilegiado para o debate. Há de tudo. Há sítios onde se consegue informação fidedigna, outros nem tanto. Mas há também blogues que se declaram a favor destas doenças. Dulce Bouça admite que são sítios "confusos e complexos", mas onde os doentes podem conversar livremente.

É claro que também podem servir como base de dados para mais dicas para fugir ao controlo dos que os rodeiam. Mas as tais dicas não existem também nas descrições mais científicas da doença? Ou mesmo em notícias como esta?"
De Alguem (= a 5 de Dezembro de 2007 às 20:17
ainda bem que estas um pouco melhor hoje .
estou a torcer por melhoras (=

um beijinho .

força ! =D
De MeninaRitinha a 6 de Dezembro de 2007 às 00:58
Os nosso pais nem sempre entendem o que sentimos e esta doença complica-lhes um pouco o raciocinio.
Os blogs existem para isso mesmo desabafar e fazer amigos!

http://meninaritinha.blogs.sapo.pt/
De handsoftime a 6 de Dezembro de 2007 às 18:22
Fico feliz por estares mais animadita!! Já conseguistes ir ao meu espacito? Força e vive um dia de cada vez!!
De cuidandodemim a 7 de Dezembro de 2007 às 19:41
Boa aninhas! Estou contente com os progressos!
Aos poucos vais ganhando confiança em ti e vais ver que conversando abertamente com os teus pais e dizendo-lhes como realmente te sentes vai fazê-los acreditar e ter mais confiança mais em ti. Quando isso acontecer a tua relação com eles vai ser mais fácil e compreensiva de ambas as partes.
Estes desajustes físicos, insónia, cansaço, borbulhas é pelo nervosismo e stress que tens tido, vão passar quando recuperares as forças. Continua no bom caminho! Beijinhos
De Mafalda a 8 de Dezembro de 2007 às 23:58
Oi anouke...
eu cmpreendo-t em part..
tb th pena d n ser mlh filha, sou mt ingrat cm a mh mae.eu dou o meu mlh mas fica mt aquém do k ela merec!
ixu entristece-m e a ela entristece-a sabr cm th tad e n podr fzr nd tb!
bons pais, maus filhos...dao perolas a porcos...n sou amante d perolas mas sou definitivament 1 porc nest caso!:(

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Tive uma anorexia nervosa com crises bulímicas tratada e cuidada no HUC, onde ainda estou a ser acompanhada. Consegui atingir todos os meus objectivos, sou feliz e deixo aqui o meu testemunho em como é POSSÍVEL acabar com todo o sofrimento e dor que esta doença me trouxe.

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